Adoro quando a sexta-feira chega, pois tenho toda uma rotina matinal que me anima!
É o dia que pego o guia Divirta-se do Estado de S.P. e já vou direto para a última parte ler a coluna "Só mais uma coisa". Sou apegada a essa coluna há um bom tempo... já me sinto conhecida do Dedé Laurentino (sentiu a intimidade?) e do Riq Freire que são os dois colunistas que se alternam a cada semana.
E a coluna de hoje foi bem boa... entrei no blog do Laurentino e dei um Ctrl+c Ctrl+v
É o dia que pego o guia Divirta-se do Estado de S.P. e já vou direto para a última parte ler a coluna "Só mais uma coisa". Sou apegada a essa coluna há um bom tempo... já me sinto conhecida do Dedé Laurentino (sentiu a intimidade?) e do Riq Freire que são os dois colunistas que se alternam a cada semana.
E a coluna de hoje foi bem boa... entrei no blog do Laurentino e dei um Ctrl+c Ctrl+v
THANK YOU
Publicado no guia Divirta-se, em O Estado de S. Paulo, em 20 maio de 2011
Vinte e dois anos depois, eu telefonei para agradecer. Mas quando tudo começou, eu jamais poderia supor que terminaria assim.
Em fevereiro deste ano, contei a seguinte história a um jornal de publicidade londrino: quando eu tinha 16 anos, vim para a Escócia estudar inglês por seis meses. Achava que ia ser arquiteto. Mas o contato com a publicidade Britânica me fez mudar de ideia. Era aquilo o que queria fazer! Propaganda podia ser inteligente, leve, sutil! Desisti da régua T.
Até hoje sei de cor cada palavra dos anúncios que vi, li e ouvi naquela época. Desde uma campanha de rádio sobre uma revenda de carros até um comercial de TV da British Telecom. Mostrava um filho ligando para a mãe, a respeito de um suéter que ela havia feito para ele. Parecia uma mãe judia, pois por mais que o homem jurasse que havia amado o presente, ela não acreditava.
Esta semana, chego no escritório e encontro um bilhete na mesa: Richard Philips ligou. E o número. Eu não sabia quem era Richard Philips, e a secretária não estava para explicar. Seria um cliente? Um diretor? O leiteiro? Olhei ao redor, como se o fato de estar sozinho na sala deixasse o mistério mais impenetrável. Só havia uma saída.
Liguei. Um homem atendeu, atrapalhado enquanto manobrava seu carro numa vaga apertada. Perguntei se era uma boa hora. “Excelente!”, disse ele enquanto pedia licença para engatar uma ré. Ao ouvir meu nome, fez festa. Richard Philips é o homem que criou aquela campanha da British Telecom. Ele soube que eu havia falado sobre seu comercial na entrevista, e que havia escolhido minha profissão incentivado por aquela propaganda e tantas outras. Para completar, eu sou brasileiro e vivo em Londres. Ele é londrino, e estava de férias… no Brasil.
Recitei para ele o diálogo inteiro do seu comercial. Entre risadas, combinamos de nos encontrar para tomar um café. Ou melhor, um chá. E para a história ficar perfeita e redondinha, eis o slogan daquela campanha: “Telefone para agradecer. É sempre muito bem-vindo”. 22 anos depois, eu telefonei. E cumpri a risca o que pedia Richard aos clientes da British Telecom e a este arquiteto que mudou de carreira. Thank you ever so much."
Digamos que ao final de cada leitura minha sexta-feira sempre começa com o pé direito!